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Lívia e o cemitério africano
Alberto Martins
Gravuras do autor
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Um arquiteto em crise às voltas com a mãe senil, um sobrinho adolescente, portador de uma doença degenerativa, e a inquietante figura de Lívia, a namorada de seu falecido irmão, que, com suas viagens misteriosas e um obscuro interesse por arqueologia, tanto ilumina como confunde o percurso do protagonista. Este é o núcleo básico de Lívia e o cemitério africano, relato tenso e cristalino que, ao mesmo tempo em que questiona os limites da própria fabulação, reafirma, com precisão desconcertante e capacidade quase infinita de sugestão, o poder regenerador das narrativas. |
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Triz
Pedro Sussekind
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Um tradutor do russo que aposta em corridas de cavalos e traduz um romance sobre jogos de cartas. Uma malograda paixão de adolescência que volta a se insinuar no presente e ameaça transformar-se em objeto de obsessão. Ligando os dois planos narrativos - o da vida do tradutor-narrador e o do romance que ele traduz -, o gesto da aposta, o elemento do acaso, o espaço ingovernável entre o desejo e sua realização.
Sob a superfície aparentemente simples dos eventos narrados, jaz uma trama de referências que faz de Triz, primeiro romance de Pedro Süssekind, uma leitura ao mesmo tempo leve e instigante, na qual os jogos de azar constituem também uma alegoria da própria ficção.aolp
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Crossroads
Fúrio Lonza
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Novo romance de Furio Lonza, Crossroads joga brilhantemente com as pautas do jornalismo gonzo e da moderna autoficção. Com pinceladas autobiográficas, a narrativa acompanha de modo ágil e bem-humorado quarenta anos da vida de um escritor e seus desencontros afetivos e profissionais, da áurea década de 60 até o pós-tudo dos anos 2000. Como o mestre do blues Robert Johnson, nosso protagonista teria vendido a alma ao diabo em alguma encruzilhada do passado, mas agora, decididamente, não se lembra o que recebeu em troca nessa transação.aolp |
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